Festa de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

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“Vamos confiantes ao trono da graça…”

São Benedito, 13 de maio de 2011 (SISF). Vendo a cada dia 13 a multidão de romeiros reunidos ao redor da Mãe de Fátima, algumas palavras e sentimentos nos saltam à mente e ao coração: fidelidade, amor, confiança, família… Na romaria deste dia 13 de maio de 2011, começamos o dia com a “AURORA COM MARIA”, às 5h00 da manhã. Venha participar! E às 6h30, a 1ª missa do dia (transmitida pela TV Diário, Rádio Tabajara e pela  nossa Web TV).

> Acenda uma vela e rezaremos por você.

Veja também os outros horários de Missas 8h00, 10h00, 12h00, 15h00 17h00 e 19h00. Organize sua romaria e venha ao encontro da graça de Deus. Para você que mora longe, acompanhe aqui pela Web TV Maria Mãe de Deus. Transmitiremos, em tempo real, todas as missas. Nossa Senhora abençoe você e sua família.

Rendamos graças a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, participando na Missa para maior glória de Deus, para a maior alegria de Nossa Senhora e para alcançar auxílios nas nossas necessidades espirituais e temporais.

Veja a seguir a Liturgia oficial da Festa de Nossa Senhora de Fátima

Oração: Deus de infinita bondade, que nos destes a Mãe do vosso Filho como nossa Mãe, concedei-nos que, seguindo os seus ensinamentos e com espírito de verdadeira penitência e oração, trabalhemos generosamente pela salvação do mundo e pela dilatação do reino de Cristo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Primeira Leitura

Monição: Maria, membro eminente inteiramente singular da Igreja, seu tipo e exemplar perfeitíssimo na fé e na caridade (L.G. nº 53) foi levada ao céu em corpo e alma (L.G. nº 59).  Lá se encontra a Igreja triunfante e gloriosa convivendo plenamente com a Trindade Santíssima sem a menor sombra de mal nem dor.

Apocalipse 21, 1-5a

1Eu, João, vi um novo céu e uma nova terra, porque o primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido, e o mar já não existia. 2Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do Céu, da presença de Deus, bela como noiva adornada para o seu esposo. 3Do trono ouvi uma voz forte que dizia: «Eis a morada de Deus com os homens. Deus habitará com os homens: eles serão o seu povo e o próprio Deus, no meio deles, será o seu Deus. 4Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos nunca mais haverá morte, nem luto, nem gemidos, nem dor, porque o mundo antigo desapareceu». 5aDisse então Aquele que estava sentado no trono: «Vou renovar todas as coisas». Palavra do Senhor.

1 «Um novo Céu e uma nova Terra». Designação de todo o Universo novo, isto é, renovado (isto significa o adjectivo grego original). Esta renovação visa, sem dúvida, o aspecto moral: renovação que indica, primariamente, a supressão do pecado. Não parece estar excluída também uma renovação física, sobretudo tendo em conta o que se diz em 2 Pe 3, 10-13 e Rom 8, 19-22. A expressão é tirada de Is 65, 17; 66, 22. O que se passará com o Universo no fim dos tempos, em concreto, continua sendo um mistério (cfr. Gaudium et Spes, n.º 139). De qualquer modo, a renovação de que sefala é de ordem sobrenatural e misteriosa e não aquela que é fruto dum simples processo evolutivo natural.

2 «A nova Jerusalém»: uma imagem da Igreja, a Esposa do Cordeiro (vv. 9-10): a noiva adornada parao Seu esposo. Também S. Paulo chama a Igreja «a Jerusalém lá do alto, que é nossa Mãe»(Gal 4, 26). Também é frequente, na Tradição cristã, inclusive na Liturgia, como sucede no dia 13 de Maio, acomodar esta simbologia a Nossa Senhora, a Esposa do Espírito Santo, Mãe e modelo da Igreja.

Salmo Responsorial    Jd 13, l8bcde. 19-20a. 20c (R. 15, 10d)

Monição: Maria, a bendita de todas as mulheres, é a nossa advogada, auxiliadora, socorro e medianeira (L.G. n.º 62). É a nossa mãe. Aclamemo-l’A.

 

Refrão:         Tu és a honra do nosso povo. 

Bendita sejas, minha filha, pelo Deus Altíssimo,

mais do que todas as mulheres da terra

e bendito seja o Senhor nosso Deus,

criador do céu e da terra.

 

Ele enalteceu de tal forma o teu nome

que nunca mais deixarão os homens

de celebrar os teus louvores

e recordarão eternamente o poder de Deus.

 

Não poupaste a vida

perante a humilhação da nossa raça,

mas evitaste a nossa ruína,

caminhando com rectidão na presença do nosso Deus.

Aclamação ao Evangelho        Lc1, 45

Monição: Cristo disse do alto da Cruz: Mãe eis o Teu filho. E com tais palavras abriu, de um modo novo, o Coração da Sua Mãe (João Paulo II em Fátima).

Evangelho

São João19, 25-27

25Naquele tempo, estavam junto à cruz de Jesus sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 26Ao ver sua Mãe e o discípulo predileto, Jesus disse a sua Mãe: «Mulher, eis o teu filho». 27Depois disse ao discípulo: «Eis a tua Mãe». E, a partir daquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Palavra da Salvação.

Repare-se na solenidade deste relato: é uma cena central entre as cinco passadas no Calvário; a Virgem Maria é mencionada 6 vezes em 3 versículos; há o recurso a uma «fórmula solene de revelação» (ao ver… disse… eis… ). Isto deixa ver que não se trata dum simples gesto de piedade filial de Jesus para com sua Mãe, para não a deixar ao desamparo, mas que o Evangelista lhe atribui um significado simbólico profundo: chegada a hora de Jesus, é a hora de Ela assumir (cf. Jo2, 4) o seu papel de nova Eva (cf. Gn 3, 15) na obra redentora; por outro lado, Ela é a mulher que simboliza a Igreja (cf. Ap 12, 1-18), a mãe dos discípulos de Jesus, representados no discípulo amado, que a acolheu como coisa sua. A tradução mais corrente deste inciso (seguida pela tradução litúrgica) é: «recebeu-a em sua casa», mas esta forma de tradução empobrece de modo notável o rico sentido originário da expressão grega «élabon eis tà idía», uma expressão usada mais quatro vezes em S. João, mas nunca neste sentido; com efeito, a expressão tà idía – «as coisas próprias» – significa muito mais do que a própria casa, indica tudo o que é próprio da pessoa, a sua intimidade.

Jesus não fala às mulheres junto à Cruz que são 4 ou apenas 3 conforme se contar por 2 ou por 1 pessoa a irmã de sua Mãe, Maria, a mulher de Cléofas. S. Mateus fala de muitas mulheres no Calvário, a distância (Mt 27,35-36; cf. Mc 15,40-41; Lc 23,49).

É também de notar que S. João, ao contrário dos restantes Evangelistas, nunca se refere a Nossa Senhora com o nome de Maria; sempre a designa como a Mãe (de Jesus), um indício de ser tratada realmente como mãe; com efeito, ninguém jamais nomeia a própria mãe com o nome dela: para o filho a mãe é simplesmente a mãe!

Sugestões para a homilia

Depois de elevada ao Céu Maria não abandona a sua missão mas, com sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. Cuida, com amor materno, dos irmãos do seu Filho que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem aventurada (L.G. N.º 62).

Estas palavras do Concílio ajudam-nos a compreender as intervenções miraculosas da Mãe do Céu em favor da humanidade, as quais se têm multiplicado nos últimos tempos mais do que em qualquer outro período da História. O Cardeal Billot, consagrado teólogo, chega a escrever que nada de semelhante se encontra depois da idade apostólica.

De que falou Nossa Senhora?

Os diálogos mantidos com a vidente Lúcia, interlocutora privilegiada em todas estas aparições, são assaz esclarecedores. Começa logo por falar do Céu: Sou do Céu, em resposta à primeira pergunta que a vidente Lhe faz. Aos três pastorinhos promete que os levará para o Céu. De algumas das amigas e companheiras suas, anuncia-lhes que estavam no Purgatório. A todos nós foram feitas advertências sérias do que nos pode acontecer se não observarmos os Mandamentos do Senhor. A todos foi prometida a salvação se escutarem as palavras da Mensagem. E pede para rezarmos e nos sacrificarmos por quantos incorrem no perigo de se condenarem eternamente.

Fátima fala-nos, portanto, do Além, dos Novíssimos, ou seja da última Boa Nova, dos mistérios que nos esperam depois da morte. Limita-se a repetir aquilo que Jesus nos ensina no Evangelho (Mt. 5, 22; Mc. 9, 43). Um apelo ao sentido de responsabilidade com que o homem deve usar da sua liberdade, tendo em vista o destino eterno (C.I.C. 1035).

A Evangelização, escreve Paulo VI, não pode deixar de comportar o caminho profético do Além, vocação profunda e definitiva do homem (E.N. n.º 28). Não podemos escamotear as verdades da Fé, mesmo aquelas que têm o seu lado duro e quase repugnante. Descreva-se o Céu e o Inferno com as cores que se quiser. O essencial é acreditar nestas verdades do Além e revigorar a Fé nelas.

Convite à conversão e à reparação

Toda a Mensagem de Fátima, tanto nas palavras do Anjo como nas de Nossa Senhora, nos adverte, numa urgência em crescendo, à conversão e à reparação pelos inumeráveis pecados do mundo. É um apelo à conversão constante de todos os dias: deixar o mal e fazer o bem, subir do menos bom para o mais perfeito.

As palavras da mensagem são o eco daquelas com que Jesus inicia a sua Vida Pública: Convertei-vos e acreditai no Evangelho (Mc. 1, 15). A conversão que Jesus exige é uma verdadeira viragem, uma passagem da morte para a vida, da servidão do pecado para o serviço de Deus e dos irmãos. É uma transformação radical que implica uma profunda e contínua mudança de mentalidade e comportamento para chegarmos à meta apontada por Jesus: Que tenhamos vida e a tenhamos em abundância (Jo. 10, 10).

Tudo isto requer, lembra João Paulo II, docilidade ao Espírito e forte decisão ara ir contra a corrente; um esforço contínuo para se medir e adequar às exigências evangélicas, traduzindo-as em estilo de vida.

Reparação

Nossa Senhora, deseja conduzir os homens a um conhecimento muito mais profundo do pecado e da reparação. Mostra-nos a terrível tragédia do pecado e aponta-nos a necessidade absoluta da reparação.

A palavra reparação significa fazer as pazes, ficar em paz. A paz nasce onde antes havia desunião, inimizade em lugar de amizade. Uma tal situação só se pode curar pela reparação. Nesta encontram-se a conversão e o arrependimento daquele que praticou a injustiça, com o perdão daquele a quem foi feita a injustiça, que neste caso é Deus.

 

Os Pastorinhos compreenderam e viveram como ninguém o convite à conversão e à reparação. Basta ler as Memórias da Irmã Lúcia. Esta chega mesmo a escrever: julgo que Deus quis servir-Se de mim para recordar ao mundo a necessidade que há de evitar o pecado e reparar a Deus ofendido, pela oração e pela penitência.

No centro está a Eucaristia

Na Eucaristia temos o Corpo e o Sangue de Jesus que é fruto do ventre puríssimo de Nossa Senhora. Jesus é Seu Filho quando consagra o Pão e o Vinho e quando se deixa ficar escondido debaixo das espécies sacramentais. Podemos portanto chamá-l’A: Nossa Senhora de Jesus escondido e decerto a Jacinta e o Francisco adoptariam logo esta linda jaculatória que equivale à que rezamos: Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento.

Assim compreendemos porque nas aparições de Fátima não aparece tanto em foco a Eucaristia. Já na 3ª Aparição do Anjo, nos Valinhos, este administra a Comunhão aos três zagalos. Depois, nas aparições da Branca Senhora na Cova de Iria, sobretudo a 3ª, seguidas das de Tuy e Pontevedra. Aqui Nossa Senhora indica, como prática essencial na devoção ao Seu Imaculado Coração, a Comunhão reparadora.

Não é verdadeira nem sólida a devoção a Nossa Senhora se não nos leva à devoção a Jesus sacramentado, manifestada particularmente na Comunhão frequente. Verifica-se, infelizmente, ausência de autêntica devoção eucarística e falta de civilidade litúrgica, em relação a Jesus no sacrário. A genuflexão, que deve ser feita com profunda reverência, nem apressada nem distraída, esquece-se com frequência.

A visita ao Santíssimo Sacramento é uma prova de gratidão, um sinal de amor e um dever de adoração, para com Cristo Nosso Senhor (C.I.C. n.º1418). Quando entramos numa igreja devemos olhar se há a lâmpada a indicar onde está o Senhor para O saudarmos antes de tudo, a Ele que é o dono dessa casa de oração. Contra o que seria para desejar, é frequente encontrar igrejas fechadas para acautelar roubos que se tomam demasiado frequentes. Se houvesse mais pessoas interessadas em fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento, os ladrões já não se atreveriam a perpetrar latrocínios na casa de Deus.

Jesus espera por nós nesse sacramento de Amor. Não nos mostremos avaros do nosso tempo para ir encontrar-nos com Ele na adoração (João Paulo II).

Oração sobre as oferendas: Por este sacrifício de reconciliação e de louvor que Vos oferecemos na festa da Virgem Santa Maria, perdoai benignamente, Senhor, os nossos pecados e orientai os nossos corações no caminho da santidade e da paz. Por Nosso Senhor.

Saudação da paz

Nossa Senhora oferece a paz, mas é através de nós, pelas nossas mãos, pelo nosso querer, pelo nosso agir que Ela pode instaurar a paz no mundo.

Monição da Comunhão

Comunguemos como Maria e com Maria. Ela foi o primeiro sacrário que guardou no seu puríssimo seio Jesus Cristo. Ela foi a primeira adoradora d’Aquele que estava escondido no sacrário do seu ventre.

Antífona da comunhão:  Suspenso na cruz, Jesus disse a sua Mãe: Eis o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis a tua Mãe.

Oração depois da comunhão: Concedei, Senhor, que o sacramento que recebemos conduza à vida eterna aqueles que proclamam a Virgem Santa Maria Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja. Por Nosso Senhor.

Ritos Finais

Monição final – Que é que Vossemecê me quer?

Com estas palavras iniciava a vidente os seus colóquios com a Senhora da Mensagem. Era a preocupação em cumprir tudo quanto a Santíssima Virgem Ihe transmitia.

E nós? Temos um empenho semelhante? Vamos a Fátima rezar, pedir, agradecer. Que a nossa peregrinação não seja apenas «um pagar de promessas» a Nossa Senhora mas sobretudo manifestar o interesse de realizar, na vida, os pedidos da mãe.