Romarias do Ano Santo da Misericórdia

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QUAL O SIGNIFICADO DA PEREGRINAÇÃO?

A primeira coisa que devemos ter em mente é que o Papa Francisco pede aos cristãos católicos que façam a peregrinação, isto é, não saímos de casa de qualquer forma, para uma visita ou uma viagem, saímos em oração.

Na bula de convocação do Jubileu da Misericórdia o Papa Francisco diz: “A peregrinação é um sinal peculiar no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada pessoa realiza na sua existência. A vida é uma peregrinação e o ser humano é viator (viajante), um peregrino que percorre uma estrada até à meta anelada.  Esta será sinal de que a própria misericórdia é uma meta a alcançar que exige empenho e sacrifício.  Por isso, a peregrinação há de servir de estímulo à conversão: ao atravessar a Porta Santa, deixar-nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser misericordiosos com os outros como o Pai o é conosco”.

COMO FAZER A PEREGRINAÇÃO?

Na verdade, a peregrinação do Ano Santo da Misericórdia deve começar bem antes da nossa saída em direção à Igreja na qual vamos atravessar a Porta Santa. Nossa peregrinação deve começar na nossa própria comunidade, onde vivemos e nos relacionamos.

O Papa Francisco, na Bula Misericordiae Vultus, diz: “O Senhor Jesus indica as etapas da peregrinação através das quais é possível atingir esta meta: ‘Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco’” (Lc 6, 37-38).

“Mas isto ainda não é suficiente para se exprimir a misericórdia. Jesus pede também para perdoar e dar. Ser instrumentos do perdão, porque primeiro o obtivemos nós de Deus. Ser generosos para com todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós com grande magnanimidade” (MV 14).

Isso significa que antes de iniciarmos a nossa peregrinação é preciso examinar bem qual a bagagem que acumulamos durante a vida, de bom e de mau. Reconhecer que carregamos muita coisa desnecessária e prejudicial à vivência da misericórdia e que se Deus tem sido misericordioso conosco, nós não retribuímos da mesma forma, sendo misericordiosos com nossos irmãos.

O Papa Francisco diz também: “Com convicção, ponhamos novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior” (MV 17)

Portanto, antes de nos dirigirmos para atravessar a Porta Santa é necessário nos reconciliarmos com Deus e com os irmãos que por algum motivo foram magoados por nossas palavras ou atitudes.

COMO ATRAVESSAR A PORTA SANTA?

Depois que estivermos preparados, por meio da reconciliação com Deus e os irmãos, podemos partir para a peregrinação física, isto é, fazer o caminho até a Igreja onde está aberta a Porta Santa, mas esse deve ser um itinerário realizado com o propósito de irmos ao encontro de Jesus, pois Ele é a Porta, como diz o Papa Francisco:

“A Porta indica o próprio Jesus quando disse: ‘Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem’. Atravessar a Porta Santa é o sinal da nossa confiança no Senhor Jesus que não veio para julgar, mas para salvar. É sinal de uma verdadeira conversão do nosso coração, a salvação não se paga, não se compra, é grátis, advertindo para quem eventualmente quiser cobrar de algum fiel esta experiência.

A Porta é Jesus, e Jesus é gratuito! Ao atravessar a Porta, devemos manter escancarada também a porta do nosso coração, para não excluir ninguém”. Dessa forma, para atravessar a Porta Santa é necessário estar disposto a assumir o compromisso com o perdão e a misericórdia. Perdoar a si mesmo em primeiro lugar, pois quem não se perdoa não consegue perdoar o outro. E perdoar aos irmãos.

Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo.

“É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina.   A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos.

“Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos.    E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos” (MV 15)

Na Bula Misericordiae Vultus, diz o Papa Francisco sobre a indulgência: “O Jubileu inclui também o referimento à indulgência. Esta, no Ano Santo da Misericórdia, adquire uma relevância particular. O perdão de Deus para os nossos pecados não conhece limites. Por isso, Deus está sempre disponível para o perdão, não Se cansando de o oferecer de maneira sempre nova e inesperada.

Depois que o peregrino cruzar esse limiar de esperança e misericórdia, a peregrinação deverá prosseguir na participação da Celebração Eucarística, da Ceia Santa que Jesus prepara para aqueles que aceitam o seu convite. Essa peregrinação não terminará nesse dia, mas se estenderá por todo o ano, no dia a dia da nossa vida.

O Ano Santo da Misericórdia é um caminho de peregrinação ao encontro da misericórdia que deverá transforma a nossa vida e a vida de todos os que estiverem à nossa volta, contaminados pelo agir misericordioso de cada cristão católico. Desejamos a todos um ano de muita misericórdia e conversão.

PORTA DA MISERICÓRDIA NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA

Na Diocese de Tianguá, o Santuário de Fátima, cumprindo a sua vocação de centro de romarias ou peregrinações, foi contemplado com uma Porta do Ano Santo da Misericórdia. Com isto, paróquias, grupos, movimentos e romeiros em geral, estão peregrinando a este Santuário com o objetivo de participarem do Ano Santo. Publicamos aqui, nosso calendário de romarias do Jubileu da Misericórdia.

Romarias do Ano Santo da Misericórdia

Romarias da Misericórdia ao Santuário de Fátima da Serra Grande pelo Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

Abril de 2016

  • Dia 03 – Jubileu da Divina Misericórdia
  • Dia 24 – Romaria da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, Guaraciaba do Norte – Diocese de Tianguá – Ce.

Maio de 2016

  • Dia 10 – Romaria das Mães
  • Dia 13 – Romaria da Festa da Padroeira
  • Dia 14 – Romaria da Academia Reviver de Piripiri – Pi
  • Dia 15 – Romaria dos Idosos – Fortaleza – Ce
  • Dia 15 – Romaria do Grupo de Oração Nossa Senhora de Fátima – Teresina – Pi
  • Dia 15 – Romaria do ECC da Paróquia Nossa Senhora da Assunção – Viçosa – Ce
  • Dia 16 – Romaria dos Enfermos – Serra da Ibiapaba
  • Dia 22 – Romaria das Equipes de Nossa Senhora – Viçosa – Ce
  • Dia 29 – Romaria das Paróquias da cidade de Tianguá (Paróquia Sant’Ana, Paróquia Santo Antonio e Paróquia São Pedro) – Diocese de Tianguá.

Junho de 2016

  • Dia 12 – Vista da Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida – Rota 300 anos de bênçãos – Presença do Reitor do Santuário Nacional de Aparecida, Padre João Batista Almeida
  • Dia 13 – Jubileu da Misericórdia

Julho de 2016

  • Dia 13 – Romaria do Jubileu da Misericórdia
  • Dias 30 e 31 – Jubileu da Misericórdia do Movimento Sacerdotal Mariano do Ceará. Exercícios Espirituais.

Setembro de 2016

  • Dia 13 – Romaria da Família – Diocese de Parnaíba – Pi

Outubro de 2016

  • Dia 09 – Romaria da Fé – Paróquia São Sebastião de Ipu – Ce. Diocese de Sobral.
  • Dia 12 – Romaria dos Movimentos Marianos – Diocese de Tianguá – Ce  – Maria, missionária da Misericórdia do Pai.

Novembro de 2016

  • Dia 13 – Encerramento do Ano Santo da Misericórdia – Rito de fechamento da Porta da Misericórdia.

 

 

 

 

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